Demandas de trabalho delicadas (situações de vulnerabilidade, violências, direitos ameaçados) necessitam de intervenções objetivas e eficazes. Conseguir estabelecer processos de trabalho, fluxos de atendimento, ferramentas e técnicas de atuação assegura não apenas a organização dos serviços, como consequentemente, reflete numa maior probabilidade de resolução dos problemas.

No que se refere à instrumentais, é válido ressaltar que o trabalho técnico para equipes que lidam diariamente com situações de violência ou negligência em serviços socioassistenciais que atendem crianças e adolescentes é permeado pela complexidade do dia a dia no serviço, bem como pela necessidade de avaliações consistentes e embasadas cientificamente que possibilitem a sistematização de um trabalho efetivo com o público alvo. Assim, ações como o processo de reconhecimento do caso, o levantamento de informações sobre os atendimentos já realizados com a família e a identificação das vulnerabilidades e potencialidades dos membros familiares é de extrema importância para, posteriormente, se estruturar as possibilidades de trabalho técnico com aquele núcleo.

Não obstante, o resultado dessas intervenções e avaliações demandam a produção de documentos técnicos qualificados, os quais são muitas vezes submetidos à análise de terceiros, tornando necessários que os profissionais também estejam preparados para tal.

Quanto ao estabelecimento de fluxos de atendimento, o enfrentamento às violências que o público alvo dos serviços socioassistenciais estão muitas vezes expostos, exigem uma convergência de medidas de impacto, que vão desde ações de prevenção, segurança, melhoria dos registros ambulatoriais, hospitalares, como à capacitação de recursos humanos para o atendimento às vítimas de violência. O que se tem observado na prática e a literatura especializada confirma, é de que a maior dificuldade encontrada por estes profissionais é a realização de procedimentos específicos, como a notificação dos casos, bem como o desenvolvimento de habilidades de manejo da situação, evitando intervenções revitimizadoras.

Neste sentido, orientar e sistematizar as condutas dos profissionais para a identificação dos diversos tipos de violência – física, sexual, psicológica e negligência –, a fim de que o atendimento, a notificação, o encaminhamento, o acompanhamento e a realização da profilaxia das doenças (quando o caso) constituem-se ferramentas de defesa e promoção de direitos, devendo ser implantados fluxos efetivos e adequados à realidade de cada localidade.

A Maná assessora serviços, organizações, conselhos e municípios na elaboração de instrumentais, construção de fluxos de atendimentos e formação dos profissionais, visando atuações técnicas adequadas e assertivas